6 de out. de 2007

TEU ROSTO


teu rosto
esfuma-se em formas difusas
no baú das minhas memórias.
como uma velha foto
uma imagem antiga, sumida
o que resta de ti.
quando quiser recordar
os contornos do teu rosto
estes traços apagados
não me lembram ninguém
e tu poderás ser qualquer pessoa
que eu queira reviver
na ilusão de uma vida
infecunda.
a alucinação do amor
sucumbe ao poder da eternidade
dos dias feitos anos
dos anos feitos apocalipse.
O cataclismo das almas desonestas.

Atit Ordep

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