sim, eu sei
que existes no fundo de um baú
cheio de memórias
de amor e ódio
acomodada entre umas meias
sem uso
e um folheto de férias no Brasil
nas lembranças de Londres
no desespero de Lisboa
na fome em África
e na marginal de Cascais
na chacina das almas perdidas em Sintra
nas mentiras que atravessam o Tejo
e num carro branco abandonado em Estremoz
sim, eu sei que existes
mas, eu não existo mais
Atit Ordep
Foto de KafkaProject
que existes no fundo de um baú
cheio de memórias
de amor e ódio
acomodada entre umas meias
sem uso
e um folheto de férias no Brasil
nas lembranças de Londres
no desespero de Lisboa
na fome em África
e na marginal de Cascais
na chacina das almas perdidas em Sintra
nas mentiras que atravessam o Tejo
e num carro branco abandonado em Estremoz
sim, eu sei que existes
mas, eu não existo mais
Atit Ordep
Foto de KafkaProject
Um comentário:
Mas que Bálsamo tão delicioso tem este poema.
Um cheiro ás realidades que a vida tem e tantas vezes nos dá.
Pensando bem no conteúdo deste poema,
sente-se que a realidade que ele transmite, está aqui!..
Bjos boa semana..
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