na sucessão da vida
os dias perfilam-se infinitos
cada dia tem uma noite
cada noite tem um dia
tudo numa sequência comum
as estações sucedem-se
e a chuva alterna com os dias esplendorosos
o amor vai e vem
e por vezes fica
por vezes dói
outras liberta
faz rir mas também faz chorar
tudo se passa rotineiramente
até que um dia reparas
que a noite não vai ter um amanhecer
a escuridão pode não acabar
o que dói permanece
as feridas não saram
e o choro é contínuo
reparas agora
que as prioridades são outras
e a sequência dos dias infinitos
foi abalada
e o amor perdeu a razão
sem a vida que o sustenta
Atit Ordep
Foto de Pedro Martins
os dias perfilam-se infinitos
cada dia tem uma noite
cada noite tem um dia
tudo numa sequência comum
as estações sucedem-se
e a chuva alterna com os dias esplendorosos
o amor vai e vem
e por vezes fica
por vezes dói
outras liberta
faz rir mas também faz chorar
tudo se passa rotineiramente
até que um dia reparas
que a noite não vai ter um amanhecer
a escuridão pode não acabar
o que dói permanece
as feridas não saram
e o choro é contínuo
reparas agora
que as prioridades são outras
e a sequência dos dias infinitos
foi abalada
e o amor perdeu a razão
sem a vida que o sustenta
Atit Ordep
Foto de Pedro Martins
Um comentário:
Este poema está perfeito, diz tudo que eu gostaria de dizer e não fui capaz.
Como sempre parabéns Ferino Henrique.
Abraços
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