6 de ago. de 2007

NÃO SEI PORQUE PARTES ASSIM


não sei porque partes assim
enquanto vives no meu coração
não sei respeitar os ciclos da vida
a estação das chuvas, as secas
as noites quentes de verão, os nevões de Janeiro
sei que te amo, desde o primeiro dia
em que te concebi no meu coração
desde que as coisas começaram a mirrar à tua passagem
sei que tens de partir, um dia
mas esperava já não estar por cá para assistir
à tua partida
fico neste limbo entre a melancolia e a mágoa
de ficar só tendo construído um universo
o nascimento e a morte
beijam-se no dia da despedida do meu corpo

Atit Ordep

Pintura de PJ Crook

Post-Scriptum – Podemos sempre sofrer mais um bocadinho, o sofrimento não tem limites, se calhar, nem depois da morte...

Um comentário:

izilgallu disse...

todos sempre partem, é vão nos deixando pelo caminho.