22 de out. de 2007

SEM MARGEM


sem margem
por onde transbordar
o rio corre nas veias
como sangue espesso
vermelho e quente

sem margem
para duvidar
vive neste peito
um amor que arrasta
os dias para a loucura

sem margem
de erro
vive no fio da navalha
como um anjo proscrito
vivendo a eternidade
de um amor extraviado

sem margem
onde aportar
navega à vista de ti
invisível aos teus olhos
um amor verdadeiro
que nunca será revelado

sem margem
de dúvida
que acreditar não basta
para um sonho se realizar

Atit Ordep

Foto de Amanda

Um comentário:

Bichinho disse...

Deixo...
Beijo fantasma.