17 de mai. de 2009

CONTANDO ESTRELAS



Não consigo fingir a dor do outro
Eu sei da minha dor individual e tempestuosa
Dos meu cabelos brancos e roupas largas
Dos meus olhos pretos como do diabo
Tão culpados como o próprio nunca voltaria a ser
Do céu da minha boca eu contei
Quantas estrelas se apagaram todo dia
E eu sofria com minha dor (que era minha)
Tempestuosa, individual, aguda e sozinha
Eu aguentava o cansaço de acabar lentamente
É tão difícil fingir ser gente
Quando o bicho se revela totalmente
E da humanidade restou apenas a dor

(Ferina*Karolina B)

foto: link original

Um comentário:

Anônimo disse...

Boa noite! Não devemos partilhar o sofrimento, nem tampouco nos queixar dele, devemos, pois, levantar a cabeça e enfrentar a vida... ajudando o próximo a medida do possível. A caridade não não deve ser uma obrigação para quem a praticar, porém, deve ser uma dívida para quem a recebeu, a qual deverá pagar ao seu próximo mais necessitado! Parabéns pelo texto reflexivo...