que fazer com estes resíduos de fogo extinto
que fazer com estas cinzas de um tempo imolado
corpos estranhos que já não encaixam nesta alma
gritos silenciosos que habitam num sótão
a abarrotar de memórias infames
que fazer com os restos deste manjar de sonhos
perdidos numa senda de ilusões
que fazer quando o tempo não tem espaço no futuro
e o passado consome toda a luz do dia e da noite
que fazer quando o sono não dorme quieto
e os fantasmas o assaltam com gritos de dor e terror
que fazer quando se quer partir para a vida
e a bagagem te atrasa o passo numa vertigem
de ilusão, mágoa e sonhos trespassados por aço temperado
que fazer agora que o amor não existe nos sonhos
e nos sonhos não existe mais amor
reciclar o tempo num novo tempo
das cinzas fazer vento e do fogo luz
expurgar a alma dos gritos
reciclar a vida numa nova vida
Atit Ordep
Foto de Hugo Macedo
que fazer com estas cinzas de um tempo imolado
corpos estranhos que já não encaixam nesta alma
gritos silenciosos que habitam num sótão
a abarrotar de memórias infames
que fazer com os restos deste manjar de sonhos
perdidos numa senda de ilusões
que fazer quando o tempo não tem espaço no futuro
e o passado consome toda a luz do dia e da noite
que fazer quando o sono não dorme quieto
e os fantasmas o assaltam com gritos de dor e terror
que fazer quando se quer partir para a vida
e a bagagem te atrasa o passo numa vertigem
de ilusão, mágoa e sonhos trespassados por aço temperado
que fazer agora que o amor não existe nos sonhos
e nos sonhos não existe mais amor
reciclar o tempo num novo tempo
das cinzas fazer vento e do fogo luz
expurgar a alma dos gritos
reciclar a vida numa nova vida
Atit Ordep
Foto de Hugo Macedo
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