
esse constrangimento
sao rachaduras no castelo
que foi belo enquanto novo
decorado pelo tempo, cores negras
borboletas no jardim
aqui nao voam (nunca mais?)
as cortinas nao balançam
a poeira é tao pesada
entao calada, fica, sobrevive
portas, ainda ricas, nos detalhes
mil memórias douradas vejo
mesmo de olhos fechados
enquanto ando o assoalho range
nossas dores se encontram
na solidão somos como iguais
enfim chegamos e como humanos
sobrevivemos, e como poeira
nos movemos para depois assentar
Ferina * Karolina B
Nenhum comentário:
Postar um comentário